Antibióticos: eles funcionam no laboratório, mas não no ser humano

27 Apr    Uncategorized via102
Apr 27

Antibióticos: eles funcionam no laboratório, mas não no ser humano

As bactérias são muito astutas. Por exemplo, a Salmonela, que pode ser eliminado por antibióticos em testes de laboratório, pode chegar a ser altamente resistente no corpo.

Um estudo recente levado a cabo pela universidade UC Santa Barbara dirigido pelo biólogo Michael Mahan se refere a esse fenômeno como “a estratégia de cavalo de Tróia”. Esta estratégia pode explicar por que os antibióticos não são eficazes em alguns pacientes, apesar de que os testes de laboratório prever o contrário. Os resultados da pesquisa aparecem na revista EBioMedicine.
Os métodos atuais para testar a resistência aos antibióticos não refletem os ambientes reais e variáveis no corpo, onde as bactérias lutam para sobreviver. Mahan, observou-se que esta diferença pode fazer com que os testes de sensibilidade aos antibióticos seja imprecisa.

“A prescrição de um antibiótico errado não só pode falhar para eliminar a infecção, mas que pode criar a tempestade perfeita para a ocorrência de erros super em pacientes infectados”, acrescentou. “Mesmo em nossos hospitais mais avançados, as altas doses de medicamentos são dadas aos pacientes infectados sem saber que o ambiente do corpo pode fazer com que as bactérias sejam inerentemente resistentes aos mesmos antibióticos prescritos para o seu controle.”

A pesquisa de Mahan mostra dois pontos importantes: As bactérias se tornam resistentes apenas a certos antibióticos, e desplegan este mecanismo de defesa apenas em determinadas áreas do corpo. Isso significa que, quando um paciente não responde a um tipo particular de antibióticos que os testes de laboratório indicam que devem ser eficazes, em vez de aumentar a dose ou a duração do tratamento, uma opção terapêutica potencialmente mais eficaz é simplesmente prescrever outro medicamento.

Mahan e sua equipe de pesquisadores trabalharam com a Salmonela. Esta reside dentro das células brancas do sangue – as mesmas células do sistema imunológico que estão envolvidas na proteção do corpo contra as doenças infecciosas. Quando os pesquisadores imitavam o ambiente intracelular no laboratório, as bactérias tornaram-se altamente resistentes a determinados antibióticos.

Em seguida, testaram a Justificativa, esta bactéria também ataca o sangue intoxicando a partir de alimentos como é o caso da Salmonella mas vive fora de células do hospedeiro, no intestino. Quando os pesquisadores imitavam o meio ambiente extracelular do intestino, esta bactéria também se tornava altamente resistentes a certos antibióticos. Esses dois exemplos indicam que o processo de resistência pode ser compartilhado por muitos tipos diferentes de bactérias.

“Nossa pesquisa sugere a necessidade de modelos animais para ser verificar a resistência e a eficácia dos antibióticos, conseguindo assim os ambientes bioquímicos específicos que desencadeiam a resistência no corpo”, explica Mahan.